quarta-feira, 29 de junho de 2011

CLASSIFICAÇÃO DOS VINHOS ESPANHÓIS - POR DOUGLAS PINOTTI.

Logo em meu “debut” no blog da confraria me deparo com um tema árido, burocrático e um tanto confuso de dissertar, mas como sou apreciador de tais maravilhas, sugeri que começasse pela terra da “fúria” , portanto “VIVA LA ESPAÑA”.
Em junho de 2008, com o objetivo de ganhar competitividade no mercado europeu cada vez mais disputado, a Espanha reorganizou através do “regualmento 479/2008 “  o mercado vitinicícola.
A normativa classifica os vinhos em:
IGP (INDICACION DE ORIGEN PROTEGIDA): Ao menos 85 % das uvas vem da zona geográfica, sendo quase sempre da vitis vinifera.
DOP (DENOMINACIÓN DE ORIGEN PROTEGIDA): Sempre vitis vinifera, exclusivas da região de origem.
Desta podemos dividir seguindo critérios de elaboração...
VINO DE MESA (VM): É a categoria de base, cujos vinhos podem vir de qualquer parte da Espanha sem menção de origem geográfica, uva ou safra e geralmente são vendidos a granel.

VINOS DE LA TIERRA (VdlT): É o equivalente ao vinho regional francês, provém de uma das 28 zonas delimitadas reconhecidas. O vinho deve ter as características perfeitamente identificáveis da região e com marcadas características locais.

VINOS DE CALIDAD COM INDICACIÓN GEOGRÁFICA (VCIG): Criada em 2003, aplica-se a vinhos de bom desempenho e que após 5 anos e julgamento de um comitê de gestão, podem candidatar-se aos DO.

DENOMINACION DE ORIGEN (DO): Vinhos de uma determina da região feitos de acordo com as leis locais. A qualidade pode variar, mas o estilo deve representar a região onde são produzidos.

DENOMINACION DE ORIGEN CALIFICADA (DOCa): Vinhos de alta qualidade que mantiveram este padrão há pelo menos 10 anos. Atualmente somente três regiões conseguiram esta denominação, a saber : Rioja, Priorat e espumantes Cava, nesta ordem.

DENOMINACÍON DE ORIGEM DE PAGO (DO PAGO): Pequena categoria reservada aos melhores vinhos provenientes de propriedades individuais com histórico de qualidade e nível internacional; que podem ou não ser localizado dentro de uma DO. O produtor só poderá usar uvas próprias, mas não necessariamente uvas tradicionais da região.
ou quanto ao envelhecimento, dividindo-se em:

VINO JOVEN: Engarrafado logo após a clarificação, chama-se também de “vino del año”
VINO CRIANZA: Comercializados após dois anos inteiros, dos quais ao mínimo seis meses em barricas de carvalho.
VINO RESERVA: Deve envelhecer três anos na bodega, sendo ao menos dois na barrica. Para os brancos e rosés, prazo de dois anos com aos menos seis meses de madeira.
VINO GRAN RESERVA: Somente para as super safras, comercializados após o sexto ano, tintos com dois anos de madeira e três na garrafa e demais com quatros anos, sendo seis meses na barrica.
Desta forma podemos desfrutar destas espanholas, digo,  GARRAFAS espanholas,  em nossos próximos encontros...

Abraço aos Malas!

Um comentário:

lucielma disse...

Adorei o texto muito interessante